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Coronavírus (SARS-CoV-2), do latim corona = coroa.
Os coronavírus pertencem a uma família de vírus caracterizada por um conjunto de estruturas proteicas que lembram o formato de uma coroa, daí seu nome. Não há apenas um coronavírus; além do SARS-CoV-2, sabe-se que outros seis coronavírus infectam humanos. Destes, quatro são responsáveis por infecções leves e comuns, geralmente causando um terço dos resfriados, enquanto dois são raros, mas potencialmente graves, causando a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) original. Virologistas têm monitorado a evolução desses vírus em tempo real. Apesar da existência de diferentes cepas, consideram que o SARS-CoV-2 está mudando a um ritmo constante e previsível.
Para se multiplicar, o coronavírus (SARS-CoV-2) precisa infectar as células humanas. Ele utiliza uma proteína chamada proteína spike (Proteína S), que possui grande afinidade por uma proteína presente na superfície das células humanas conhecida como enzima conversora de angiotensina 2 (Proteína ECA-2).
Análises filogenéticas demonstraram que o SARS-CoV-2 compartilha 96% de identidade do seu genoma completo com um coronavírus encontrado em morcegos, o BatCoV RaTG13, e 91,02% de similaridade com um coronavírus encontrado em pangolins, o Pangolin-CoV. Além disso, compartilha 79% de identidade genômica com o SARS-CoV, o vírus que causou a epidemia de SARS em 2002-2003. Esses dados sugerem a existência de transmissão interespécies antes de o vírus chegar à infecção humana, indicando a possibilidade de reservatórios animais do novo vírus.
Entretanto, ainda não é possível afirmar com certeza a origem exata do SARS-CoV-2. O que se sabe até o momento é que qualquer cenário baseado em manipulação laboratorial não é plausível. As evidências apontam que o processo de seleção natural no hospedeiro humano ou animal é provavelmente o que contribuiu para a permanência e transmissão do vírus entre os humanos. A compreensão dessa origem é fundamental para a prevenção de futuras pandemias e para o desenvolvimento de estratégias eficazes de combate a doenças emergentes.